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Esquadrão Suicida (2016) - Crítica

  • Foto do escritor: Matheus Silva
    Matheus Silva
  • 26 de ago. de 2016
  • 3 min de leitura

David Ayer entrega um filme cheio de altos e baixos que se caracteriza por atuações convincentes mais roteiro problemático.

Terceiro filme do Universo Cinematográfico da DC, Esquadrão Suicida veio com a proposta de quebrar o paradigma dos filmes sombrios e realistas que o estúdio estava propondo, embora seja divertido e empolgante ver o grupo de vilões sendo introduzidos e apresentados ao público, vemos aqui uma certa dúvida em que caminho a narrativa quer seguir. A história se passa logo após os eventos de "Batman vs Superman", após a queda do Homem de Aço a agente Amanda Waller está convencida que o governo americano precisa ter sua própria equipe de meta-humanos para combater possíveis ameaças, para isso ela cria o projeto Esquadrão Suicida, onde perigosos vilões encarcerados são obrigados a executar missões a mando do governo, caso sejam bem-sucedidos, eles têm suas penas abreviadas em 10 anos, caso contrário, serão sentenciados a morte. Quando tivemos o primeiro trailer de Esquadrão Suicida divulgado, o que vimos foi um filme obscuro e sombrio, levando a crer que a fórmula utilizada em "Batman vs Superman" iria se repetir, mais com o decorrer do tempo o tom do filme foi completamente alterado, trazendo a tona algo mais colorido e cômico, o que nos remete ao que a Marvel fez com "Guardiões da Galáxia". O filme começa com um ritmo bastante intenso, a apresentação dos personagens é bem dinâmica e divertida, a trilha sonora com nomes conhecidos do grande público como Rolling Stones, The White Stripes, Black Sabbath, AC/DC, Queen, Etta James, e Kanye West, ajuda muito nesse quesito. O elenco é o que se sobressai no longa, o Pistoleiro (Will Smith) e Arlequina (Margot Robbie) roubam a cena, os arcos dos dois personagens são os mais explorados e por consequência são os que mais se destacam, a própria Amanda Waller (Viola Davis) está muito a vontade no papel, sempre imponente e passando um semblante hostil, a maioria do elenco de apoio também se sai muito bem, Rick Flag (Joel Kinnaman) consegue passar toda a sua autoridade e liderança, seus diálogos com o Pistoleiro são muito bons de se ver em cena, o Capitão Bumerangue (Jai Courtney) serve como alivio cômico do filme, ele está bem, mais acredito que demorou demais para vermos o personagem em cena, o mesmo vale para Katana (Karen Fukuhara) e El Diablo (Jay Hernández), que claramente demostraram ter muito potencial para serem mais aproveitados dentro da trama, Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje) não compromete e também tem algumas cenas engraçadas, O que realmente destoa do resto do elenco é Magia (Cara Delevingne), que se torna uma vilã sem carisma algum que consisti em algumas dancinhas constrangedoras e uma ameaça extremamente clichê, o Coringa de Jared Leto tem pouco tempo para mostrar serviço, embora ache que em seu tempo em cena ele se demonstrou um Coringa muito exagerado e teatral, suas aparições não tem relevância alguma para o andamento da trama, temos as aparições do Batman que no geral são todas muito boas, apesar de curtas.

O roteiro é sem dúvidas o grande problema, pode ser pelas modificações tardias ou até mesmo o excesso de cenas deletadas do longa, o fato é que a narrativa é muito irregular, claramente a promessa de "filme de equipe" não se concretiza, temos aqui apenas dois personagens bem explorados, o modo em que o grupo decide se unir é ilógico, faltou desenvolvimento dos personagens para que se tornasse plausível essa união, alguns personagens demonstram um lado bastante sentimental e humano, que apesar de contribuir para a trama em certos momentos, acaba desconstruindo o próprio esteriótipo criado para a equipe, que era encarada como "os piores assassinos de todos os tempos", visualmente o filme decepciona, nos mantendo naquele característico cenário obscuro já estabelecido pela DC, o que contradiz com certos momentos do filme, que tenta a todo momento ser cômico. Esquadrão Suicida diverte e tem em seus personagens (principalmente Pistoleiro e Arlequina) o seu estrelato, mais os furos de roteiro e um terceiro ato totalmente descartável acabam prejudicando o longa, acredito que esse seja o pior dos três filmes do Universo Cinematográfico da DC, talvez o marketing exagerado tenha elevado demais as expectativas, o que fica de lições para as próximas produções do estúdio.

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